“O! Saudade do Carvalho!”
O sol ardia e queimava o meu coro,
Com a pá na mão, eu fazia massa pros campanheiro de trabalho
Tava trabalhando demais, minhas costas toda doida
E o patrão só reclamando, dizendo que “estavamos fora do prazo estipulado”]
“estipulado?!” o cara falava muito dificíl, mas pela cara dele, não era coisa boa]
Então voltei, pra pá, a massa e o cal, e vice-versa tudo misturado. “O rotina do carvalho!”]
Sabe, meu pai chamava Carvalho Fernandez da Cunha Neto
Então tudo que eu não gostova, eu falava que vinha dele. Tudo é do carvalho mesmo! – eu dizia]
Ele me enchia o saco, pagava até escola, estuda!, estuda! Ah mais eu nem ia...]
As vezes me arrependo, ah mais logo “desarrependo”, como falam tenho minha primazia]
“BEBER CAIR LEVANTAR!”, até a mulherada to deixando em segundo plano]
Poh, mas se fosse pra começar e fazer tudo diferente?, poh nem pensaria]
Mal saudade do meu pai...
O! saudade do Carvalho!!