O Sabichão
Logo ele que se dizia sabichão,
Foi enganado, na praça do Ladário.
Um fulano, na verdade, um falsário;
Fez dele um idiota, um bobalhão.
O sujeito estava atrás de um balcão,
Com três tampinhas e uma bolinha.
-E que destreza o malandro tinha,
Pois errava todas, o famoso sabichão.
Foi assim quase que um dia inteiro,
E o sabichão, nada de adivinhar;
E o tal fulano, tomou-lhe todo o dinheiro.
O sabichão caiu na lábia do matreiro,
E desnorteado saiu a se lamentar:
-E dele, até hoje, ninguém sabe o paradeiro.