Tarde Demais

As manhas têm sempre as mesmas cores

O mesmo tom acinzentado

O sol nascendo, uma flor desabrochando

A vida em minha volta, o sentido onde está?

Pássaros cantando, vou já minha baladeira encontrar

Não agüento esse som, pois de você me faz lembrar

O ruído da porta? Estou indo consertar

Você o odiava, enfim hoje, óleo vou jogar

Passei na lavanderia, as roupas sujas fui buscar

Aquela mancha de tinta no assoalho?

Água sanitária tira já, já

Enquanto aos cd’s perdidos..

Mandei todos regravar

Nunca fui de “Eu te amo”

Mas esse poema besta

É minha maneira de mostrar.

Desde que você se foi

Os detalhes se expandiram

Não deu mais pra deixar passar.

Quando decidires voltar

Estarei eu aqui, na poltrona velha

De braços abertos pra te abraçar.