Poesia sem Sentido
Parece que o dia vai acabar
Uva
Chuva
Sei lá!
O que o poeta quer falar?
O que é mais esotérica?
A lógica aristotélica?
Não sei.
Parece um pouco irônica,
A hermenêutica platônica
Jurava ser proibido
Escrever poesia sem sentido
Com já foi dito por Sócrates
Só sei que nada sei
Eu?
Nem isso sei!
Eu só escrevo
Escrevo
E escrevo...
Escrevo a emoção
Escrevo a solidão
Escrevo a paixão
Mas quando questionado sobre seu sentido
Sinto-me perdido
Falta de criatividade?
Pode ser
Mas escrever e meu dever!
Como poeta que sou
Escrevo
Pra “ser” sentido
Em vez;
De “ter” sentido
Poeta nato que sou!
A lógica não questiono
Pois dela não sou dono
E desprovido de tal talento
Escrevo por escrever
Até isso eu não sei
E se soubesse eu saberia
Mas escrevo
E escrevo
Não sei sobre o que escrevo
Nem sei por que escrevo
Nem sei também se devo
Pior!
Pra que tanto “excrevimento”!
É sem o “vi” se estais atento!
Só sei que eu escrevo
Escrevo
E escrevo.
Eduardo Franco Vilar