O ASSASSINO DA POESIA
O assassino da poesia
Não tem endereço fixo,
Tem uma lata que é seu arquivo.
Das palavras detém o domínio,
Valoriza o fato de ser prolixo,
E seus saberes só o informam
De prefixos e sufixos.
E não tem conformada a idéia
Da parte que é médio-fixa,
Como o aspecto horroroso
Daquele olhar comatoso.
E palavras de todas as forma (*)
Carrega em seu cabedal,
E para escrever seu poema,
Acomoda-se às palavras erradas
E deforma as que estiverem certas,
Mas conhece a licença poética,
E traz a inocência frenética
Ao seu ser que é de portas aberta.(*)
(*) erros para exemplificar.