“A MORTE DO POBRE”
Quando um pobre morre vai para o céu,
o grande lar lhe é prometido.
Ele bate na porta para entrar e são Pedro diz,
não entre porque é proibido.
Você teria que pagar sua dívida na terra,
antes de Ter morrido.
Mas são Pedro, o padre me prometeu o céu.
O padre disse, eu não tenho nada com isso,
o padre não é o dono do céu.
Além do mais promessa não é compromisso.
A pobre alma penosa sai pelas trevas a vagar,
viajando todo o espaço sem saber onde parar.
Essa pobre alma espera a vela que a sogra prometeu,
sem saber que aqui na terra, da promessa a velha esqueceu.
E vagando a alma continua seja no verão ou inverno,
enquanto na verdade, lugar de pobre é no inferno.
Mas ném sempre o pobre é aceito pelo capêta chifre de bode,
pois na verdade eu lhes digo, ném o diabo gosta de pobre.
Meus amigos, sou pobre também, meus versos aqui chegam ao fim.
E pela minha experiência de pobre, sei que a gente vive e morre assim.
Mas se são Pedro não me aceitar do seu lado, pobre coitado de mim.
Autor: Joabe Tavares de Souza. Data: 07/05/1991 ás 18:39/hms.