CONSTATO... 
 
Tal qual lobo em veste de cordeiro;
Vive a espreita de caça indefesa...
Circula, gesticula... faz rodeiros...
 
Esmera-se no bailado da conquista
Meigo e solitário lobo. _Oh, coitado!
Tão bonzinho, pobrezinho, carente...
 
Mas como todo bom lobo que se prese,
Não pode perder a presa... que presa
A seus encantos vil, se entrega.
 
Vê o Amor! Cega...
Não vê a teia. Oh! Pobre enlaçada
Na emaranhada da peçonha...
 
O pouco tempo passou...
O que parecia doce se acabou
E tudo em puro fel se transformou.
 
Mas como todo bom lobo forasteiro,
Este também não desistiu do converseiro,
Sete um ou coisa e tal...veneno letal.
 
Como usa sempre a mesma tática,
Sai a caça...com a mesma conversinha
Encontra outra tontinha, e vomita a fala.
 
Exibe uma velha e antiga silueta...eita
A prosa também é a mesma, antiga,
Com esse mesmo papo furado...
 
Arrasta outra tonta pro buraco
E isso não muda nunca, porque para...
Toda presa carente, há um lobo safado.
Betinamarcondes
Enviado por Betinamarcondes em 11/06/2010
Reeditado em 11/06/2010
Código do texto: T2314592
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