SORTE
 
Bebeu naquele bar e não pagou
Prometeu voltar prá casa e não cumpriu
Correu prá chegar cedo, se atrasou
Comeu, deitou na cama e não dormiu
Apostou na forte chuva, o sol abriu
Seu ônibus passou, ele não viu.

Deixou a porta aberta, o gato entrou,
Viu o peixe no aquário e comeu
Sonhou com um macaco e jogou,
Apostou no bicho e perdeu.

Prá mudar a sua sorte
Carecia reza forte
Muito mais que se imagina
Foi aí que ele encontrou
Uma jóia pequenina
Sob forma de menina
E seu destino mudou.

Não precisou mais correr
Ao bar, jamais voltou
Comeu, deitou e dormiu
Tudo se consertou
E nova vida surgiu.

Fátima Almeida
    2009
Fátima Almeida
Enviado por Fátima Almeida em 29/04/2010
Código do texto: T2226235
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