O Apanhador No Campus De Centeio
Todos as pessoas que conheço
E as que desconheço
São muito boas
As mais incríveis do mundo
Todas envolvidas com sobrevivência
Isto é dose: tudo por dinheiro
Pra Dreher nenhum botar defeito
Todas têm uma direção
Certezas fixas: salariais
Humanismos de holeriths
Religião de contracheque
São vencedoras da dureza
Deram a volta por cima
Desafiam: “A volta por cima que dei
Quero ver quem dava”.
Algumas por certo são
PhDs em neurolinguística
Outras, exorcizam demônios
Nas armações da madrugada
Mulheres e homens podem ser vistos
A uivar, trêmulos, satanizados, céticos
Tentam livrarem-se da pobreza, do desemprego
Da miséria. Negam-se, em exorcismos simulados
Nos programas evangélicos
Estar possuídas pela feras da metrópole
Pela ambição, ganância, inveja, neuroses
Por três dos sete lados dos recados capitais
Serei entre todos esses heróis do Millennium
Um perdedor? Que perdi eu? A ira, a soberba
A intemperança, a inveja, a ignorância?
O cartão de ponto? Perdi amigos com múltiplas
Propriedades, automóveis do ano ?
A proximidade de seus enredos de cinema
De seus animais de estimação com pedigrée
Perdi a carona em seu tapete persa voador
Que conduziu aqueles astronautas
Apatéticos, aos pulinhos na lua, às custas de sua dor ?
Perdi as passagem para o vôo orbital do Projeto Apolo?
A colonização de Marte, e todas as suas malasartes?
Perdi a Terra longe, muito longe do astronauta real
Com suas pessoas de ficção científica agonizando?
Os games “Doom” que transformam performáticos
Em infomaníacos das “Cavernas e Dragões”
Perdi a garra pelos megahertz do micro ?
Tantas coisas perdi que me pergunto
Para que despertar tão cedo, isso traz boa fortuna?
Serei eu o vencedor de minhas ações ?
Que sente saudade de todo mundo
E de ninguém ?
Serei eu o vencedor
Que ganha de seu medo!!!