DIVINAS BUNDAS!
Lá vem a bunda toda faceira
Realça nas calças
Rebola pra cá, rebola pra lá
Abundância de se admirar
Dá até vontade de declamar
O verbo abundar
Mas é pra rir e não pra chorar
Porque toda bunda quer encantar
Deixando um rastro de desejo por onde passa
Flutua e desperta paixões na massa
Atrai atenção nos mais famintos
Como se fosse o melhor alimento
Olhar de despeito da "Maria Ninguém"
Por que ela abunda a bunda que tem?
Aquela pobre desprovida de nádegas
Mas e daí? Nada se pode fazer... Nem cócegas!
Há bundas que são oriundas
Formosas e espaçosas
Que sabem ser poderosas
A balançar a bunda que abunda
No ritmo compassado do balancê
Coisa mais linda de se ver
E que causa frenesi em quem a vê
A bunda que abunda quando aparece
É aquela que desperta e interessa
Aumenta o prazer de quem a curte
No curto circuito de um minuto
Explosão deliciosa e bem bonita
E no carnaval, na nudez dos corpos ela surge
Imponente qual um soldado valente
Surge assim majestosa de repente
E se insinua tal qual uma serpente
Nós humildes poetas a reverenciamos
Às diversas bundas que amamos
Apreciadores das bundas que abundam
Das durinhas e das que se afundam
Diz que homem ou mulher proclamam
Não negam que a boa bunda eles amam
Sentem o coração disparar quando ela se vai
Ou se esvai pelas esquinas e brumas
E confessam-se fascinados na cama
Diante de redonda escultura que inflama
E a bunda que abunda que lá vai altaneira
Incendeia e parece que chama como bandeira
Dizem que só quem a tem empinada
É a danada da mulata. Que nada!...
Ela pode ser vista em pessoas variadas
E em todas e por todos... Apreciadas!
Hoje, a bunda que abunda é mercadoria que está em alta!
E se estivesse na bolsa de valores... Ofertada
As ações estariam todas multiplicadas
Então uma salva de palmas às bundas!
Dueto: Malu Monte e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado no texto original de Malu Monte intitulado ‘A BUNDA QUE ABUNDA’
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/a-bunda-que-abunda-malu-monte