ESCRIVANINHA

Às vezes a sós nos perguntamos à origem de uma palavra qualquer,

Por mera curiosidade ou para usá-la quem sabe, onde lhe prouver.

O significado delas nos traz a sabedoria,

Alegria, tristeza, surpresa, enfim a certeza...

Para cada qual existe uma ou várias interpretações diferentes,

E é interessante de se ver a confusão que se cria nas mentes.

Eu acho que para o poeta isto é de fato interessante,

Pois, para criar sentado ali na sua surrada cadeirinha,

Ele sempre procura uma palavra rica, nova, empolgante,

Bem concentrado e viajante no cantinho da salinha.

Existem também aquelas palavras de forma coesa,

Uma agarrada na outra e que produz um significado.

Para dar um exemplo claro eu nem preciso ser letrado.

Citarei agora a que reinventarei, refere-se a uma mesa.

Bom! Não é bem uma mesa, mas, sim - Escrivaninha!

É dela que eu quero falar, essa querida amiguinha!

Ela poderia se chamar também - Escrivarosa?

Combinaria com as palavras do tema verso e prosa.

Mas, só fica bem para aquele que escreve e não goza.

Quem sabe então - Escrivalouca?

Bom para aquele que de tanto clamar está com a voz rouca.

Porém, às vezes não é bom escrever tudo o que sai da bôca.

Que tal... Talvez - Escrivabela?

Essa é jóia para quem escreve delirando o amor, dele ou dela.

Contudo não me culpe se levar um chute na bunda ou na canela.

Poderia chamar-se de - Escrivaria?

Essa é boa para quem tem muita bala na agulha, textos a arrelia.

Todavia é perigoso, acerta num, mas já não agradará a maioria.

Que tal... - Escrivadeira?

Essa você teria que prestar muita atenção para não ficar de bobeira,

Pensando em editar sem analisar e corrigir, vai ofender e sair besteira.

Quem sabe - Escrivemente?

Essa é boa para mim que escrevo sobre tudo e toda essa gente.

Se achar necessário comente essa loucura que é a minha mente.

Ou - Escrivente?

Essa é para as pessoas de inteligência e de um talento brilhante.

Entretanto, a minha particularidade é: Ser um poetante comovente.

Por mim permanecerá - Escrivaninha...

Porque tudo o que se pensa e escreve, ali se choca, ali se aninha.

E o mensageiro que somos todos nós exclama: A criação e só minha!

Setedados
Enviado por Setedados em 13/03/2010
Reeditado em 29/05/2011
Código do texto: T2136332
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