CANÇÃO DO ETÍLICO *
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar
Com a conta não me venham
Pois aqui eu vou ficar
As caninhas, vou bebê-las
Aprecio seus sabores
Ponham cá uma bebida
Seja rum, vinhos, licores
S'eu deixar fiado, anotem
Dia desses vou pagar
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar
Tira-gosto, meus senhores
Por favor, vão preparar
S'eu deixar fiado, anotem
Dia desses vou pagar
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar
Não me peçam que eu corra
Estes copos vou secar
Eu falei para os senhores
Meu negócio é entornar
Mesmo com a saideira
Não arredo deste bar
* Paródia do poema "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias.