PARÓDIA DO SONETO XIX
Dinheiro meu, hostil, que te sumiste
Tão cedo deste bolso sempre pouco,
Repousas na carteira d’algum “louco”
E me deixas “voando” sempre triste.
Se lá no bolso gordo onde caíste,
Memória de outro tempo se consente,
Não te esqueças de mim eternamente,
Já que os bolsos meus tão secos viste.
E se vires que pode merecer-te
Algum tostão à dor que me ficou
Da mágoa sem consolo de perder-te,
Roga a alguém que muito te encontrou,
Que tão cedo aqui me leve a ter-te,
Quão cedo de meus bolsos te levou...