NO POSTO DE GASOLINA
(Odir Milanez da Cunha versando A MULHER QUE FOI ESQUECIDA NO POSTO DE GASOLINA de Rosa Regis)
Odir Milanez da Cunha
Versando a prosa de Rosa Regis
Publicado: em 15 de fevereiro
de 2010 às 19:29 no POESIA PURA
A Campina Grande, cedo,
deram adeus. afinal,
ficava longe Natal
e a estrada dava medo.
Dos dois lados o arvoredo
parecia uma cortina
que na brisa matutina
ficava da cor de breu,
até quando apareceu
um posto de gasolina.
A mulher, que dormitava
no largo banco traseiro,
depois de um sono ligeiro,
meio espantada acordava.
Quando notou onde estava,
foi direta pra latrina.
Enquanto a mulher urina,
o cara nem percebeu
que sua mulher desceu
no posto de gasolina.
Com o carro abastecido
o homem voltou à estrada
A mulher, desesperada,
clamava pelo marido.
Este, desapercebido,
só em correr imagina.
Foi aí que a mão divina
pela esposa intercedeu.
Esposa que ele perdeu
no posto de Gasolina.
Fura o pneu dianteiro.
Para ajudá-lo na troca.
pela mulher ele invoca
e logo abre o berreiro.
Procura no carro inteiro,
e nem sequer imagina
que foi do destino a sina
desse drama que viveu,
quando a mulher esqueceu
no posto de gasolina.
De repente o celular
vem tirá-lo da aflição.
Esclarece o seu irmão
onde a mulher deve estar.
Ela, tranquila, a esperar
meio liberta e ladina
pelos faróis descortina
a volta do carro seu,
quando desapareceu
do posto de gasolina.
O marido, atrapalhado,
mas dando uma de macho,
ao invés de falar baixo,
grita alto e explicado:
“Devia ter-te deixado
ir a pé até a China!”
Depois, com ela combina
esquecer o que ocorreu,
quando a mulher esqueceu
no posto de gasolina!
Odir, de passagem
(Odir Milanez da Cunha versando A MULHER QUE FOI ESQUECIDA NO POSTO DE GASOLINA de Rosa Regis)
Odir Milanez da Cunha
Versando a prosa de Rosa Regis
Publicado: em 15 de fevereiro
de 2010 às 19:29 no POESIA PURA
A Campina Grande, cedo,
deram adeus. afinal,
ficava longe Natal
e a estrada dava medo.
Dos dois lados o arvoredo
parecia uma cortina
que na brisa matutina
ficava da cor de breu,
até quando apareceu
um posto de gasolina.
A mulher, que dormitava
no largo banco traseiro,
depois de um sono ligeiro,
meio espantada acordava.
Quando notou onde estava,
foi direta pra latrina.
Enquanto a mulher urina,
o cara nem percebeu
que sua mulher desceu
no posto de gasolina.
Com o carro abastecido
o homem voltou à estrada
A mulher, desesperada,
clamava pelo marido.
Este, desapercebido,
só em correr imagina.
Foi aí que a mão divina
pela esposa intercedeu.
Esposa que ele perdeu
no posto de Gasolina.
Fura o pneu dianteiro.
Para ajudá-lo na troca.
pela mulher ele invoca
e logo abre o berreiro.
Procura no carro inteiro,
e nem sequer imagina
que foi do destino a sina
desse drama que viveu,
quando a mulher esqueceu
no posto de gasolina.
De repente o celular
vem tirá-lo da aflição.
Esclarece o seu irmão
onde a mulher deve estar.
Ela, tranquila, a esperar
meio liberta e ladina
pelos faróis descortina
a volta do carro seu,
quando desapareceu
do posto de gasolina.
O marido, atrapalhado,
mas dando uma de macho,
ao invés de falar baixo,
grita alto e explicado:
“Devia ter-te deixado
ir a pé até a China!”
Depois, com ela combina
esquecer o que ocorreu,
quando a mulher esqueceu
no posto de gasolina!
Odir, de passagem