A vizinha
Hoje eu amanheci zangado
Levei outro não bem ajeitado
Só de raiva farei um rebuliço
Vou armar a vara e o caniço
E pescar a vizinha do lado.
Ela me come de rabo de olho
Velhaco, porei a barba de molho
Pois sei que seu marido é de briga
Quando eu o encontro faço figa
Lógico! Não quero ficar caolho!
Tudo o que é proibido é gostoso
O leite alheio é mais cremoso
A carne de pelanca é filé mignon
A piranha é gostosa como salmon
E de graça, até soro endovenoso!
Fiz e estou tomando garrafada
Já pensando na vizinha cobiçada
Analisei até a hora e o dia correto
Que o marido não está por perto
Ele já anda com a antenona ligada!
Mas, se eu à cantar e houver erro
E o sócio aparecer com o ‘bérro’
Pingas deixarei pago lá no boteco
Bebam tristes até encher o caneco
Imploro, sem piadas no meu enterro.