A vizinha

Hoje eu amanheci zangado

Levei outro não bem ajeitado

Só de raiva farei um rebuliço

Vou armar a vara e o caniço

E pescar a vizinha do lado.

Ela me come de rabo de olho

Velhaco, porei a barba de molho

Pois sei que seu marido é de briga

Quando eu o encontro faço figa

Lógico! Não quero ficar caolho!

Tudo o que é proibido é gostoso

O leite alheio é mais cremoso

A carne de pelanca é filé mignon

A piranha é gostosa como salmon

E de graça, até soro endovenoso!

Fiz e estou tomando garrafada

Já pensando na vizinha cobiçada

Analisei até a hora e o dia correto

Que o marido não está por perto

Ele já anda com a antenona ligada!

Mas, se eu à cantar e houver erro

E o sócio aparecer com o ‘bérro’

Pingas deixarei pago lá no boteco

Bebam tristes até encher o caneco

Imploro, sem piadas no meu enterro.

Marcos Antony
Enviado por Marcos Antony em 30/01/2010
Reeditado em 25/05/2012
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