RESPOSTA PARA ALICE (*)

Quando Alice me disse

O que pensava de mim

Sentimento foi jejunal.

Primeiro pensei assim

Que terei feito de mal?

Estarei lourejante?

Num outro instante:

Internamento nosocômico?

Não! Não serei dessultório!

Farei da tragédia o cômico.

Tomei um passiflóreo...

Respirei fundo o bastante...

Destrímano e reborante

Tal calceteiro: Mãos à obra!

Afinal, loquaz sou de sobra!

Nesta peleja, asseguro:

Hei de sair vincituro.

Passado o inicial susto,

Este seu amigo vetusto

Que teme o oclocrático,

Mas respeita o democrático

Preparou este escarabocho.

Reconheço! Meio coxo

Para versejador afusado.

Sorte sua, pindarista,

Que não sou bom artista...

Até meio atrapalhado...

Chega de malas-arte!

Burundangas à parte,

Infrangível e sustinente

Seja esta amizade recente.

Um amplexo pudibundo

E toda felicidade do mundo

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(*) Alice foi minha amiga secreta e mandou-me um rol de palavras que

passado o susto inicial, nem eram tão feias assim...

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 20/12/2009
Reeditado em 21/12/2009
Código do texto: T1988214
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