NA VERDADE SEI

NA VERDADE SEI

Na verdade sei que

As flores que tem no caminho,

Sei também dos tropeços o

E a dor que causa o espinho!

Sei da luta pra se vencer

No dia-a-dia tanta amargura,

É o caminho que nos cobra

O preço de nossa ventura!

Sei também o quanto sofre

Aquele sem entendimento,

Mergulhado na ignorância

Se afogando nos pensamentos!

Deitado na sua rede

Está lá o velho matuto,

Que recorda sua vida

No que lhe resta, os minutos!

Quanta luta vai aí!!

Quanta História a contar!!!

Quantas noites mal dormidas

Que não teve a quem chamar!!!

Dialogou com seus anseios

Seus sonhos em reboliço,

O roçado em matagal

E ele, ali no compromisso!

Balbuciou palavras vãs

Ali, dentro de sua palhoça,

Recordando com sua viola

As melodias lá da roça!!

Chora hoje a saudade

De não ter ido além,

Morre sozinho no leito

Sem ajuda de ninguém!

Na verdade compreendo

O que a vida nos ensina,

Escrevemos nosso destino

No livro da nossa Sina!!

Na verdade sei...

O quanto devo amar,

Pra não fugir do roteiro

E ir além do meu sonhar!!

Sei que a vida é bela

Se viver a rigor,

Muita paz e muita luta

Na vivência do Amor!!

Combater a ignorância

Com força e reverencia,

Pois é inimigo perigoso

Que nos derrota com freqüência!!

O caminho que nos confere

Para derrotar esse inimigo,

É correr para a escola

Pois fora dela é um perigo!!

Não façamos como aquele

Que acha a escola sem serventia,

Não busca o conhecimento

Para fortalecer seu dia-a-dia!!

O matuto é um sábio

Com prática e discernimento

Mas precisa da escola

Para seu aprimoramento!!

Se for ao contrário

Podes crer vai dizer asneira,

Vai acabar no conto sozinho

Deitado em uma esteira!!

O Sertanejo
Enviado por O Sertanejo em 19/11/2009
Código do texto: T1932550
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