A antes tarde do que nunca

Cedo para desânimo, é momento de renascer

do castigo dolorido que fulmina até morrer,

porque minh’alma na tua ausência soluçava,

enquanto o meu destino tristonho vadiava!

Dormia entre as vagas e os rumores do mar

teu nome melodioso. Abandonada clamava;

debaixo das águas fartas,meu pesar dançava,

em águia pretendia me converter e te buscar!

Volta amor! Que sem ti a mim não pertenço,

sem mais motivos ardentes a sonhar padeço,

apenas me completa essa vida te fazer amado,

e lágrima virou riso e tuas mãos d'esperança

secaram dias chorados, fecundand’a bonança,

antes tarde do que nunca para florir o mundo!

13/03/2006

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 13/07/2006
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