À um quase morto

Que teimosia a tua,

insistir em permanecer forte,

contrariando tantos amigos

que rezam pela tua morte.

Vão fazer o que

com todas aquelas velas,

compradas no barateiro,

vão engolir todas elas?

Que chatice a tua,

debochando com um sorriso;

parece que não quer morrer,

não quer ver o paraíso.

Vai fazer o que,

a coitada da tua mulher,

ter que requentar a sopa,

que tantos querem por a colher.