Matei Sua Mãe a Machadadas
Ferve-me o sangue lembrar
daquela noite sem jantar.
Sua mãe, aquela safada
não me deu uma mera torrada.
Estômago vazio, barriga a roncar,
dia inteiro sem ao menos almoçar.
Horas de esforço tremendo
jogando em seu Super Nintendo.
Senti a fome a me incomodar,
sua progenitora fui chamar:
"Senhora mãe do Gilmar,
tem comida para me dar?"
Veio então a me humilhar:
"Em vez de vir aqui mendigar,
mande sua mãe por dinheiro transar,
e seu alimento então comprar."
Apressei em me retirar,
mas antes prometi me vingar:
"Por assim me tratar,
a senhora irá pagar!"
De volta para casa andei,
o machado de meu pai peguei.
Com litros de sangue jorrando
a me maravilhar sonhei.
Para sua casa voltei,
a porta arrombei.
Lá estava sua mãe pelada,
exibindo suas feições de tarada.
"Por favor, deixe-me viver,
não é minha hora de morrer."
Disse a desgraçada,
prestes a ser estripada.
Não disse uma palavra,
apenas desferi uma machadada.
A cabeça foi horizontalmente cortada,
massa encefálica no chão espalhada.
O segundo golpe foi dado,
o braço direito fatiado.
Estilhaços do osso lançados,
litros de sangue jorrados.
Em meio àquele espetáculo
eu me sentia extasiado.
Olhava para o corpo despedaçado,
e ainda desejava destroçá-lo.
O terceiro ataque foi fabuloso,
a barriga foi rasgada.
Vazou o intestino grosso,
a bílis foi esguichada.
O intestino delgado foi para outro lado
e pelo cachorro foi devorado.
Um último impulso de ódio me consumiu ainda
para tornar minha vingança concluída.
Sem parar, o machado desceu e subiu,
o corpo todo foi implacavelmente mutilado.
Tecidos, ossos e órgãos dilacerados,
inidentificáveis e esparramados.
Coração, fígado e pulmão
misturaram-se ao pé e a mão.
Cérebro, ânus e corrimento vaginal
formaram uma sopa junto com o líquido intestinal.
E foi assim que, em uma noite esfomeada,
eu matei sua mãe a machadadas.
Sua mãe, aquela safada,
que não me deu uma mera torrada.