NÃO COMO MAIS


Foi lá na barraquinha do Morais,
foi lá, que acabei comendo demais,
agora estou aqui, todo empanturrado.
Com a barriga roncando como um trovão,
tem hora que pula como um leitão,
tá deixando o meu zóio arregalado.

A qaunto tempo, na feirinha não ia
e nem sei por que, comer inteira a melancia,
vejo o resultado, aqui remexendo de dor.
Tudo começou lá na barraca do Noel,
depois daquela cesta de pastel,
descubro que meu bucho não e trator.

Sabendo que não e digestivo como canja,
pra que então chupar quarenta laranja,
não entendi, por que tamanha ganança.
Olhe o resultado, gemendo desesperado,
tenho na barriga um cardume de linguado
que estão mordendo a minha pança.

Vou fazer um chazinho de hortelã
para ajudar a digerir aquela dúzia de maçã,
nessa feira, nunca mais quero ir...
Por dentro estou ouvindo até estalo,
como se fosse uma manada de cavalo,
Deus do céu, essa barriga vai explodir...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 23/10/2009
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