AQUELA MULHER... VOLTOU!
Aquela mulher... voltou.
Voltou mais brava que outrora.
Meu sossego se acabou.
Que será de mim agora?
Seus costumes? Repetidos:
chega, sai, hora que quer...
O que eu faço, meus queridos,
pra conter essa mulher?
Desfolhei o mal-me-quer
pois falar não adianta;
sem dúvida, é essa mulher
mais teimosa que uma anta.
Tenho medo é da chegada,
quando a fúria atinge a louca,
se uma coisa não lhe agrada,
o braço me enfia à boca.
Noutro dia, a desgraçada,
só por chamá-la: "querida",
desferiu-me uma porrada
bem no meio da avenida.
Justo naquele momento
meu dentista ali passava,
sorridente, em passo lento,
era assim que caminhava.
E naquele meu sofrer,
dei-lhe um aceno de leve.
Perguntou-me: "- Vem me ver?"
Respondi-lhe: "- Muito em breve!"