O presente do seu Noé

(Por Onofre Ferreira do Prado)

Um dia fui à casa do seu Noé, um sitiante de Minas Gerais. Lá eu vi um casal de garnisé, que ia e vinha sem parar.

Conversa vai, conversa vem, o seu Noé me relatou a história desses pequenos animais; como os conseguiu e como se arrependeu de tê-los como presente.

Daí, retirei estes versinhos, que na verdade, são uma brincadeira com as palavras:

Seu Noé ganhou do vizinho,

Um casal de garnisé,

Um presente de propósito,

Pra fazer raiva a seu Noé.

Condená-los à panela,

Seria uma boa opção,

Mas não valem o tempero,

Pela carne que eles dão.

Bem cedo são os primeiros,

Atentando no terreiro

E comendo sem parar.

Seu Noé conta impaciente,

Que esse tipo de presente,

É pior do que comprar...

Nota: Garnisé: Adj. 2 g. Diz-se dum galináceo pequeno, de certa raça originária da ilha Guernsey (Grâ-Bretanha).

Uma galinha de pequeno porte, bastante conhecida nas chácaras, sítios e fazendas brasileiras, que enfeita o terreiro, mas que dá uma trabalheira de dar pena...

Onofre Ferreira do Prado
Enviado por Onofre Ferreira do Prado em 29/09/2009
Reeditado em 30/09/2009
Código do texto: T1837925
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