O presente do seu Noé
(Por Onofre Ferreira do Prado)
Um dia fui à casa do seu Noé, um sitiante de Minas Gerais. Lá eu vi um casal de garnisé, que ia e vinha sem parar.
Conversa vai, conversa vem, o seu Noé me relatou a história desses pequenos animais; como os conseguiu e como se arrependeu de tê-los como presente.
Daí, retirei estes versinhos, que na verdade, são uma brincadeira com as palavras:
Seu Noé ganhou do vizinho,
Um casal de garnisé,
Um presente de propósito,
Pra fazer raiva a seu Noé.
Condená-los à panela,
Seria uma boa opção,
Mas não valem o tempero,
Pela carne que eles dão.
Bem cedo são os primeiros,
Atentando no terreiro
E comendo sem parar.
Seu Noé conta impaciente,
Que esse tipo de presente,
É pior do que comprar...
Nota: Garnisé: Adj. 2 g. Diz-se dum galináceo pequeno, de certa raça originária da ilha Guernsey (Grâ-Bretanha).
Uma galinha de pequeno porte, bastante conhecida nas chácaras, sítios e fazendas brasileiras, que enfeita o terreiro, mas que dá uma trabalheira de dar pena...