ROTINA
ROTINA
de noite o céu chora “sereno”,
o dia nasce
bate-lhe o sol na bunda
e ele não chora, sorri;
o sol a pino dá meio-dia
mas o pino não bate as horas;
a noite cai sempre
mas nunca se machuca,
e nada nem ninguém
no enfado da rotina
dessa mesmice repetitiva
quebra essa monotonia caduca.