ROTINA

ROTINA

de noite o céu chora “sereno”,

o dia nasce

bate-lhe o sol na bunda

e ele não chora, sorri;

o sol a pino dá meio-dia

mas o pino não bate as horas;

a noite cai sempre

mas nunca se machuca,

e nada nem ninguém

no enfado da rotina

dessa mesmice repetitiva

quebra essa monotonia caduca.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 23/09/2009
Reeditado em 23/09/2009
Código do texto: T1826110
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.