Sumilândia era o nome
De um lugar sem destino
Uma cidadela longínqua
Parente não era primo
 
Foi naquela cidade
Onde tudo começou
Um assassino sanguinário
Aquele homem matou
 
Depois disso inicio-se
Uma guerra sem precedente
Onde um mata o outro
Mesmo que fosse parente
 
Antonio tinha seis filhos
Quando a vingança travou
Depois de tantas matanças
Nenhum filho sobrou
 
Passava da meia noite
João estava parado
Ao virar-se pra trás
Só viu o fio do machado
 
Assim quando um matava
O outro queria vingança
Ficar vivo ali
Ninguém mais tinha esperança
 
Havia naquela cidade
Alguns coronéis do sertão
Cidadão comum já morria
Imagine se fosse ladrão
 
Assassinato era rotinha
Mesmo indo trabalhar
Ninguém era perdoado
Mesmo que a passear
 
Essa historia mais parece
Gângster a se matar
Quando um parente nascia
Era preciso cuidar
 
As mães choravam as mortes
Os Pais juravam o troco
Mal passava uma semana
Já havia no chão mais um corpo
 
Menino de doze anos
Já tinha coldre à cintura
O revolver era o pincel
E a morte era pintura
 
Todos andavam armados
Como no velho oeste
Que não morria por bala
De certo com alguma peste
 
Se a peste não matasse
Essa gente tão sofrida
Morria de qualquer jeito
Mesmo com bala perdida
 
Com tanta gente morrendo
Nada rendia dinheiro
O único homem mais rico
Era seu Pedro coveiro
 
Nessa matança sem trégua
Foi morrendo um a um
Passados mais alguns anos
Não havia sobrado nenhum
 
Ficou um lugar deserto
No céu só sobrou urubu
As covas que ali ficaram
Viraram ninhos de tatu
Claudio Cortez Francisco
Enviado por Claudio Cortez Francisco em 25/07/2009
Reeditado em 25/07/2009
Código do texto: T1718730
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