CAMBALACHO

CAMBALACHO

Numa vida desregrada,

Repleta de cambalacho,

Não se fixava em nada,

Se gabava de ser macho.

Na boemia ele vivia,

Sempre com um novo cacho.

Nada de sério fazia,

Só, da mulher, seu capacho.

Dizia ser biscateiro,

Com a maior cara de tacho.

Vadiando o dia inteiro,

Voltava sempre borracho.

Não gostava de trabalho,

Só de pescar num riacho.

E os peixes, com muito alho,

Fritava-os à luz de um facho.

No Banco quis ter empréstimo,

Pôs no chapéu um penacho,

Sem trabalho e nenhum préstimo,

Foi um verdadeiro escracho!...

Pensou que a pena do galo,

Encontrado num despacho,

No chapéu, seria um “falo”.

Deu azar no cambalacho!

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 16/07/2009
Código do texto: T1701980
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