MARIDO DE ALUGUEL
MARIDO DE ALUGUEL
O telefone toca
Era aquela voz
Era o meu tipo de sangue
Não prestava nadica eu sabia
Mas...nem eu prestava
Não conseguia mentir
Dizer que não estou
Pensava comigo:
-o que são alguns minutos de Tsunami?
Sem raios e trovões
Nem se vive
Depois viraria um monge
E pronto tudo resolvido
Não podia era deixar
Meu coração com ciúmes
De um telefone infiel
Que ligaria pra qualquer uma
Que tivesse a senha: -Alô...
Não, não e não!
E depois só se sente dor
Quando para de correr
Daí é que passa a sentir as pedras
Os espinhos
O que valia é que até lá
O caminho era o paraíso
Maldita voz suave
O mundo ainda não sabe dela
Graças a deus!
E eu ali
Feliz da vida
Porque a voz voltou
Eita mundão besta esse
Já havia desistido
A muito dessa voz
De marido de aluguel
Bem antes de o telefone tocar
Eu arrotava certeza absoluta
Na cara de qualquer um
Até na minha
Meu coração tinha teias de aranha
Mas eu via a luz!
Vivia em harmonia
Jejum e oração
Já podia até morrer
De tão boa