HUMOR SARCASMO
A Sociedade dos Imbecis Vivos
Roubo o sorriso de um anúncio,
vivo os delírios de uma peça publicitária.
E em belo terno piloto bólidos imaginários.
Para não doer, assisto a um jornal pasteurizado.
Bala daqui, bala dali, é chumbo grosso.
A cidade parece bomba-relógio armada.
E na TV, tudo está lindo. Realidade do além.
O pedágio santo para o Deus usurpado.
O engano criativo, a criatividade comprada.
As consciências adquiridas a preços módicos.
Afinal, o que vale a tal consciência?
A Ética não enche o bolso de ninguém, só dos políticos.
Agora é propaganda política, utopias para todos os gostos.
Esperteza para todos os níveis: “Prometo que nada farei!”
Vossa Excelência, o ilustre vendedor de ilusões.
Olha quantos bandidos-mocinhos... e os mocinhos-bandidos.
Onde estarão o bem e o mal? Chamem os fariseus,
chamem os ortodoxos da pedra lascada,
os assassinos éticos e suas políticas de estábulo,
os malucos da liberdade do dinheiro. E coma moedas.
Chame a TV, tudo precisa ser posto na mídia.
Chame a Internet, só não tente usar o telefone...
Use o grito, saia por aí chamando por todos.
Adore o eletro-eletrônico. Arrebente o dito cujo.
Formule grandes questões, redescubra a ciência.
Tome ciência de que as coisas não serão fáceis.
Chame o doutorzinho de azul. E seja sensual.
Os baratos químicos, e tchau para os biológicos.
Por que gastar o tempo com pensamentos seus?
Utilize os dos outros, é grátis, preserva os neurônios.
Fique meio abobado, ser meio zumbi está na moda.
Arrote os embutidos que o nutriu, e pode digerir bobagens.
Todos os sentimentos por uma imagem virtual.
Apaixonado por um herói de computador,
haverá o dia em que a prótese procurada será o cérebro.
Um cigarrinho, uma cervejinha, tudo proibido.
A boemia está proibida pelo Ministério da Saúde.
Haveremos de ser paquidermes bem nutridos,
amestrados animaizinhos do circo que já não existe.
O circo agora é exclusivo de homens bem vestidos.
Bênçãos e maldições para todos.
O Ilustre Procurador manda para o céu,
ou encaminha para o inferno.
E Deus dá as costas, rindo dessa gente.
A Sociedade dos Imbecis Vivos
Roubo o sorriso de um anúncio,
vivo os delírios de uma peça publicitária.
E em belo terno piloto bólidos imaginários.
Para não doer, assisto a um jornal pasteurizado.
Bala daqui, bala dali, é chumbo grosso.
A cidade parece bomba-relógio armada.
E na TV, tudo está lindo. Realidade do além.
O pedágio santo para o Deus usurpado.
O engano criativo, a criatividade comprada.
As consciências adquiridas a preços módicos.
Afinal, o que vale a tal consciência?
A Ética não enche o bolso de ninguém, só dos políticos.
Agora é propaganda política, utopias para todos os gostos.
Esperteza para todos os níveis: “Prometo que nada farei!”
Vossa Excelência, o ilustre vendedor de ilusões.
Olha quantos bandidos-mocinhos... e os mocinhos-bandidos.
Onde estarão o bem e o mal? Chamem os fariseus,
chamem os ortodoxos da pedra lascada,
os assassinos éticos e suas políticas de estábulo,
os malucos da liberdade do dinheiro. E coma moedas.
Chame a TV, tudo precisa ser posto na mídia.
Chame a Internet, só não tente usar o telefone...
Use o grito, saia por aí chamando por todos.
Adore o eletro-eletrônico. Arrebente o dito cujo.
Formule grandes questões, redescubra a ciência.
Tome ciência de que as coisas não serão fáceis.
Chame o doutorzinho de azul. E seja sensual.
Os baratos químicos, e tchau para os biológicos.
Por que gastar o tempo com pensamentos seus?
Utilize os dos outros, é grátis, preserva os neurônios.
Fique meio abobado, ser meio zumbi está na moda.
Arrote os embutidos que o nutriu, e pode digerir bobagens.
Todos os sentimentos por uma imagem virtual.
Apaixonado por um herói de computador,
haverá o dia em que a prótese procurada será o cérebro.
Um cigarrinho, uma cervejinha, tudo proibido.
A boemia está proibida pelo Ministério da Saúde.
Haveremos de ser paquidermes bem nutridos,
amestrados animaizinhos do circo que já não existe.
O circo agora é exclusivo de homens bem vestidos.
Bênçãos e maldições para todos.
O Ilustre Procurador manda para o céu,
ou encaminha para o inferno.
E Deus dá as costas, rindo dessa gente.