A "madame..."
Uma senhora elegante
Que usa roupa “de marcas”
E que é muito falante,
Atira-me sempre farpas...
Tenho pena da coitada,
Tem tudo pra ser feliz!
- E fica incomodada
Pois não sou o que ela diz...
“A pobre” se faz bonita
Mas por mais ouro que bote,
Parece que veste chita!...
E não dá conta ao rebote...
O que vale é o “cabide,”
E não os trapos que vestem
A “madame” do “trambique...”
Que quer que todos "lhe emprestem..."
Há uma grande diferença
Entre “querer e ser...”
(- Pra mim há indiferença
Em querer aparecer...)
A sua língua é afiada
E ela anda sempre às tontas;
O pior é que a “marvada”
Nunca paga suas contas...
E depois, vêm “de senhora,”
Querer ser a grande certa!
E “mandar” a toda hora,
Sendo a maior “boca-aberta...”
- Senhora cuide sua vida
E dê bem menos vexame!...
Pague logo sua dívida
E de nada mais reclame!...
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Nota: Qualquer semelhança com fatos ou pessoas vivas ou mortas, no passado ou no presente, "é mera coincidência..."