Ó!

Eu sou um.

Sou só.

Homem comum.

Ó!

Mas trago comigo todos os sonhos

que estavam na padaria

do Raimundo.

Mundo, mundo,

vasto mundo,

muito mais vasto é o meu coração

vagabundo.

Mas sou um.

E só sou.

Homem com um

ó!

Deram-me uma folha de papel almaço.

Catei no fundo da alma o aço

de um verso efemeramente eterno.

Ó!

Sou poeta!

Mais um...