Toda vez que Dedé levanta a saia, Vem porrada, castigo e excomunhão

MOTE DE JOSELITO NUNES

E GLOSAS DE ISMAEL GAIÃO

O Dom Hélder deixou muita saudade

Porque foi Arcebispo do Amor

Depois dele chegou um ditador

Se dizendo o dono da verdade

Nunca fez nessa vida caridade

E seu Deus não é Deus de compaixão

Dom Dedé preferia a Inquisição

E por isso onde passa leva vaia

Toda vez que Dedé levanta a saia

Vem porrada, castigo e excomunhão

Ouço o choro da criança estuprada

Por um monstro cruel e desumano

Dom Dedé com seu ar de soberano

Acredita que isso não foi nada

Por três anos ela foi violentada

Tendo ainda seu corpo em formação

Dom Dedé com o cajado na mão

Já soltou seu veneno de lacraia

Toda vez que Dedé levanta a saia

Vem porrada, castigo e excomunhão

Por pensar muito mais nessa criança

Dou aqui parabéns à Equipe Médica

Que agindo com fé e muita ética

Devolveu-lhe da vida a esperança

Ela vai ter pra sempre na lembrança

Que o Bispo e essa religião

Afirmaram que o monstro tem perdão

Nos mostrando que são da mesma laia

Toda vez que Dedé levanta a saia

Vem porrada, castigo e excomunhão

É a bolsa de valores do pecado

Dessa Igreja que nos mata de vergonha

Mesmo assim o seu Bispo ainda sonha

Que seu canto no céu está guardado

Esse povo por ele excomungado

Tem Deus Vivo Sem a Religião

Mas o Bispo no inferno com o Cão

Vai dançar com vestido de cambraia

Toda vez que Dedé levanta a saia

Vem porrada, castigo e excomunhão

Recife, 09 de março de 2009