AH! VENTO ATREVIDO

Ah! Vento atrevido

Mesmo recolhida

Numa esplanada fechada

Me açoitas com palmadas

Uivas desalmadamente com rajadas

Que me deixas alarmada

Ah! Vento atrevido

Pensas que me derrubas

Com essas rajadas fortes e geladas

Vou pôr barricadas

Para me proteger das tuas palavras

Me empurras e levantas no ar

Só se me queres levar a viajar

Não me importo de te acompanhar

Mesmo que esse teu bafo me queira gelar

Mas meu calor te derrete e vais acalmar

A chuva é tua aliada

Molha-me a roupa e o corpo

E tu oh! vento todo torto

Levantas-me a saia

Querem me despir?

Para não ficar molhada

E não ficar engripada

Ou querem que eu fique envergonhada?

Pois é não me vão despir

Vou ficar molhada

Sujeita a uma gripalhada

Para vocês darem uma gargalhada

Mas não vos vou dar esse gostinho

Vou mas é para o quentinho

Ver um filmezinho

Rir das tuas rajadas

E da chuva que me quer ver de roupas molhadas

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CHEGOU O QUERIDO AMIGO EDSON E DEIXOU ESTE LINDO POEMA.

Obrigada meu querido

O vento e a poetisa de Edson Gonçalves Ferreira para Dulcineia

Ai, vento que sopra em todos os cantos

Invejo a sua sorte, queria eu chegar lá

Onde você beija a face das mulheres

Lá onde você acaricia homens gentis

Lá onde você carrega uma folha ou uma flor

Lá onde até Deus sente a sua carícia

Não foi à toa que Pessoa disse:

"Acho que só para ouvir passar o vento

Vale a pena ter nascido"

Ai, vento, ai, vento, sopra a minha alma

Conduz meu espírito até onde meu corpo não chega, conduz.

Parabéns pelo lindo poema, não resisti e fiz uma interacção.

Beijos, Edson

DULCINEIA
Enviado por DULCINEIA em 10/03/2009
Reeditado em 19/03/2009
Código do texto: T1479455
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