DANADA MAMANGAVA

Era um dia muito especiar pra eu;
Eu ia armoça na casa de Candóca;
Pra pedi sua mão em casamento;
Ao Seu Tião e Dona Maricota!

O sor tava de racha;
O caminho era cumprido e pedregoso!
Mas o sacrifício valia a pena;
Pois deste feitio eu era muito desejoso!

La na casa dela, tudo é muito simples;
Quando cheguei, a comida já tava na mesa.
Seu Tião tava de cara amarrada;
Dona Maricota com ar de tristeza!

A comida dava água na boca;
A mesa tava farta feita uma ocasião especiar!
Dona Maricota é muié prendada;
Candoca vai ser iguar!

O armoço corria tudo bem;
Até que resorvi me pronunciá.
Foi quando entrou pela janela;
Uma baita mamangava de assustá!

Dona Maricota tinha pavor;
Seu Tião, valentia quis mostra;
Candóca debruçou em cima da mesa;
Eu fiquei só a espiá!

Seu Tião espantava com o guardanapo;
Quando então levou uma ferroada.
Foi aquele desespero;
O veio não parava de gritá!

A vizinhança veio correndo ajuda;
Foi aquele arvoroço na cozinha.
Candóca começou a perguntá;
O que seu pai tinha!

Levaram o valente pro hospitar;
Graças a Deus nada aconteceu.
Foi a picada daquele bicho feio;
Que nele muito doeu!

Era um dia muito especiar pra mim;
Agora outra chance terá de ser pleiteada;
Só espero que desta veiz;
Não me apareça outra mamangava danada!
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Caros amigos estou de volta postando minhas obras,
desculpem pelo tempo sem atualizações. Obrigado!

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O ENCANTO DAS PALAVRAS

Luciano Becalete
Enviado por Luciano Becalete em 01/03/2009
Código do texto: T1464073
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