CORRAM COMIGO

Naquela casinha abandonada
que fica ao lado da estrada,
que está toda cheia de buraco.
Ontem, quando voltava da boemia
quando três caminhos na frente via,
entrei lá, joguei pela janela um macaco.

Fui chutando o sapo e a intanha
catei um tanto de teia de aranha,
que deixou bem macio aquele chão.
Ao roncar pra mim um lobo guará
joguei em cima dele, um baita gambá,
o bicho correu mais que avião.

Ouví no terreiro o uivo do lobisome
desapareceu na hora minha fome,
até meu cabelo ficou arrepiado.
Quando aparece o medo não tem jeito
quebrei porta e o batente no peito,
corri, como se tivesse visto um tarado.

Na velocidade daquele embalo
ganharia até corrida de cavalo,
mas dos perigos da casinha me livrei.
Enquanto estava bolando uma poesia,
creio que em segundos já dormia,
e com essa historinha sonhei.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 14/02/2009
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