CAIPIRINHA E POESIAS

Depois de um árduo dia de trabalho,
sentei lá na sombra de um carvalho,
enquanto uma água bem gelada bebia.
Observando uma rolinha e um sanhaço,
fui perguntando, o que agora mais faço?
Já sei, vou tentar escrever uma poesia.

Mas não tenho nenhum dicionário de rima,
e dai? Não vou escrever uma obra prima,
e nem sei mesmo, montar uma bem bonita.
Não sei se falo sobre o que vejo, um tatu,
ou se  inventando, falando de um cangurú
se antes não comer meu caderno,a cabrita.

Seria bonito se falasse daquele espantalho,
melhor ainda, sobre aquela orquídea no galho,
tantas opções, vejo até um filhote de quatí.
Enquando decido o meu tempo nunca passa,
e com esse litrão, com caipirinha de cachaça,
geladinha , que minha vizinha deixou aqui...

Vejo que a rolinha xora
o espantaio foi simbora
ferveu a água gelada.
Aquilo não era tatu
um baita jaracussu
num iscrevo may nada...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 08/02/2009
Reeditado em 10/03/2015
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