Afogados no seco
Matei a sede afogando as magoas
Bati as asas, mas não sai do chão
Um furacão destruiu meus sentimentos
Parei no tempo procurando a sorte
Deixei o norte pra sofrer no sul
Vesti azul
Sol amarelo secou minha boca
Dormi de touca
Amanheci sem dentes
As aguardentes
Me banharam em fogo
Perdi no jogo
Decidi voltar
Vou me afogar
Na seca do sertão
Cavando um poço
Com as próprias mãos