Dona Cobra (HUMOR)

Lá vem a Dona Cobra

Luzindo que nem pavão...

Espalhando seu veneno

Para qualquer direção...

Aquele silvo, a disfarça,

Mas não engana mais, não,

Se conhece a sua marca:

Dois buraquinhos e... Bão!...

Mas Dona Cobra não sabe

Que seu veneno não pega

Na Águia, que abre as asas,

E a deixa presa no chão...

E o bote, tão bem armado,

E com tudo planejado

Se desfaz, deixando-a braba,

E espumando pelo chão...

- As cobras, elas rastejam!...

Por sorte!

Se o escorpião,

Ficasse assim avexado

Logo morria

no chão...

Mas Dona Cobra se enleia

E sua cabeça maneia:

Mil maldades ela anseia!

Mas acaba sempre no chão...

- Ó cobra, vai para longe!

Comigo não podes, não!...

Quando mandas o veneno,

Retorna em dobro à tua mão!

Dona Cobra agarrou-se na jumenta

E pediu ao hipopótamo socorro,

Mas, por mais que sua turma, ela aumenta

Mais forte eu fico e mais depressa corro!

Não fujo! Apenas vou à frente

Minha luz de vaga-lume a luzir!

Ela quer que eu desça e a enfrente

Pra no seu nível a conversa conduzir!

- Dona Cobra e sua companhia:

Deixem pra lá esta velha moda!

Eu sinto pena da inveja que sentias:

- É a minha luz que te incomoda!...

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Obs.: Inspirado na fábula "A COBRA E O VAGALUME"!

E ATENÇÃO: qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas, ou fatos presentes, passados ou futuros, são mera coincidência!

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 03/11/2008
Reeditado em 03/11/2008
Código do texto: T1263304
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