ENTREVISTA MALUCA
O meu café da manhã? Só pão, pão mas sem centeio.
Uma esperança? Só se surgir o Negrinho do Pastoreio.
Minha sorte? Jogo coluna um e só dá coluna do meio.
Meu serviço? Não consegui, nem pra limpeza de rodeio.
Sorte? Nenhuma, sou sempre jogado pra escanteio.
Leitura? Só letra do tamanho de um cavalo leio.
Um sonho? Tirar as curvas da vida, deixar só reta.
Que mais queria? Ficar perdido na ilha de Creta.
Uma decepção? Ser preso por dizer que sou poeta.
Uma vontade? Que tanta desgraça não se completa.
Desejo? Um foguete que lá para Urano me ejeta.
Finalizando? Seria melhor ser cueca de atleta.
Um azar? Se roubassem o motor da minha lambreta.
O que sou? Uma carta que nunca sai na caxeta.
Que mais queria? Ser a tábua, do fundo da gaveta.
Um pensamento? Dizer que comigo não tem mutreta.
O que não quero? Ficar sem minha...Sem minha maleta.
Um medo? De ser expulso do Recanto da Letra.
O meu café da manhã? Só pão, pão mas sem centeio.
Uma esperança? Só se surgir o Negrinho do Pastoreio.
Minha sorte? Jogo coluna um e só dá coluna do meio.
Meu serviço? Não consegui, nem pra limpeza de rodeio.
Sorte? Nenhuma, sou sempre jogado pra escanteio.
Leitura? Só letra do tamanho de um cavalo leio.
Um sonho? Tirar as curvas da vida, deixar só reta.
Que mais queria? Ficar perdido na ilha de Creta.
Uma decepção? Ser preso por dizer que sou poeta.
Uma vontade? Que tanta desgraça não se completa.
Desejo? Um foguete que lá para Urano me ejeta.
Finalizando? Seria melhor ser cueca de atleta.
Um azar? Se roubassem o motor da minha lambreta.
O que sou? Uma carta que nunca sai na caxeta.
Que mais queria? Ser a tábua, do fundo da gaveta.
Um pensamento? Dizer que comigo não tem mutreta.
O que não quero? Ficar sem minha...Sem minha maleta.
Um medo? De ser expulso do Recanto da Letra.