DUPLA NEGAÇÃO

Lição de Gramática e de Filosofia ou vice-versa...

Quando digo «Não sou nada»,

que pretendo dizer deveras?:

Que sou algo ou que deveras

sou absolutamente nada?

Grave questão atenta à filosofia,

mas que pertence à gramática:

pois parece que tem a gramática

mandatos contrários à filosofia...

Com o qual deverei inferir

que a gramática não vale?

Mas é que a filosofia vale,

se não se pode proferir?

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NOTA.- A medida dos versos é nefasta e a rima carece de todo o siso, mas, como procurei dizer com humor... Melhor esqueçam este poema e nem o leiam: NÃO vale NADA...