O BOI VAMPIRO

Aqui na roça tem um boi tinhoso

o quár a idade ninguém sabi ao certo

aparece nas noite, o bicho guloso

mordendo os pescoço que esteja mais perto

Os dente du bicho parece naváia

Há mesmo quem jure que não é bovino

Terros no rebanho á noite espáia

Devido os tamanho dus dente canino

Dizem que foi do rebanho de um conde

Numa tar de Romênia... Credo em cruz!

Só anda de noite, de dia se esconde

Parece que tem certo medo da luz

O bicho dá uns grito pra lá de medonho

E dizem que avua qui nem um morcêgo

Num sei lhe dizê si é verdade ou sonho

Mas na lua cheia nóis num tem sossêgo

As sombra si ispáia por riba dus campo

A lua si isconde, tremendo di medo,

A bicharada si incóie nus canto

Inté mi ispanto cum tanto segrêdo.

Se arguém por aquí, conseguí mi expricá

o qué qui nóis faiz pra ispantá o bicho

Nóis agradece i vamu já trabaiá

pra nesse vampiro nóis dá um sumiço.