MUITO A CAMINHAR

O frio não é de inverno

E nem da alma

É do ar condicionado

Por que está um calor danado

O chocolate quente

Não é de Gramado e nem de Gravatá

Foi feito por mim

E está uma droga de ruim

A música é boa

Mas já escutei tanto

Que perdeu o encanto

E não mais, junto com ela, canto

Os dedos doem de tanto teclar

Os pulsos já começam a reclamar

E eu aqui a espera do sono chegar

Estou elétrica

Preciso desacelerar

Culpa do Mar

Que sempre me deixa assim

A manhã, se acordar,

Vou novamente lá

Andar, nadar e sonhar

Que o “Tum... Tum” vai melhorar

Afinal, tenho muito ainda a caminhar...