O BODE BARNABÉ
O Bode Barnabé se lascou todo,
ao pastar em pasto verdejante.
Pois deu um dentada em um vepeiro,
e saiu abrindo alas num rompante.
Partiu com o chifre uma árvore,
entrou num brejo e abriu uma vala.
Cortou nos cascos uma roça de napiê.
numa correria, ligeiro feito um impala.
Tinha de combustível as vespas feroadeiras,
ele na frente e elas zuando no rastro.
O que achasse pela frente derrubava,
por exemplo? um cupim no meio do pasto.
Um burro empacado viu só o redemoinho,
Sentiu que era o bode e cascou fora.
Saiu feito furacão e o bode feito cometa,
Assim que o burro desempacou logo sem demora.
Por fim as vespas o deixarm no sossego.
mesmo assim ele correu umas léguas atoa.
Só parando de correr quando viu numa sorte,
surgir em sua frente um mundão de lagoa.