O BODE BARNABÉ

O Bode Barnabé se lascou todo,

ao pastar em pasto verdejante.

Pois deu um dentada em um vepeiro,

e saiu abrindo alas num rompante.

Partiu com o chifre uma árvore,

entrou num brejo e abriu uma vala.

Cortou nos cascos uma roça de napiê.

numa correria, ligeiro feito um impala.

Tinha de combustível as vespas feroadeiras,

ele na frente e elas zuando no rastro.

O que achasse pela frente derrubava,

por exemplo? um cupim no meio do pasto.

Um burro empacado viu só o redemoinho,

Sentiu que era o bode e cascou fora.

Saiu feito furacão e o bode feito cometa,

Assim que o burro desempacou logo sem demora.

Por fim as vespas o deixarm no sossego.

mesmo assim ele correu umas léguas atoa.

Só parando de correr quando viu numa sorte,

surgir em sua frente um mundão de lagoa.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 08/08/2008
Reeditado em 19/04/2009
Código do texto: T1119147
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