FESTA À FANTASIA NA FREGUEZIA DO Ó
Amigo,
Fez-me o convite e segui seu bando.
Que festa foi aquela?!
Que festival de estranhos,
Punks, new-haves, have-metals, marcianos,
Cocotas, xuxetes, tchanetes, macacas, tietes
E outros bichos! Sinistro!
Que gritos!
Que dança de infernizados vampiros,
Do tipo de dar inveja
A qualquer reles Polanski!
Quando o Inferno Sonoro baixou
Houve delírio geral!
Dizem ser música
Mas ouvimos ruídos e lamentos
Entre os bruxulentos,
Dráculas e carrascos...
E você, num negro tão negro como o mais dark dos dias!
Que terapia!
Que catarse hard!
No teto morcegos presos em redes!
Quem pensara alçar peixes
Só pescou mamíferos voadores.
Sobre a mesa oval-sestavada
Tremelicava, alucinada,
Uma incomum gelatina de ossos,
Canapés de sangue “aux fines-herbes”,
Vinho com gosto de sangue-de-diabo,
Espetinhos de carne capeta,
Pão que o diabo amassou!
Havia, é bem verdade,
Um pessoalzinho brega...
Mas penetra sempre pinta, né, mano?
Um tipo vim-invadir-sua-praia,
Uma andrógena galinácea enfeitada de ráfia,
Um eunuco fantasiado de punk-cake,
Um sheik de batom,
Uma bruxa com ares de santa,
Uma virgem com ares de puta,
Uma aladim patogênito,
Que não esfregou
(que azar!)
A lâmpada de latão para sumir com tudo
Porque
(azar! azar!)
Não se lembrou.
Sorte,
Sorte nossa;
Tivesse feito a mágica
Roubaria de todos a chance
De exorcizar a Freguezia
Do Ó
Do A
Do E
Do I
Do ÚÚÚ!
Búúú...Que medo sem medo!
Que festa, amigo!
Que preço não se paga pela solidão...
Feche o caixão.
Abra o portão.
Fuiii!
poema dos anos 80.
Amigo,
Fez-me o convite e segui seu bando.
Que festa foi aquela?!
Que festival de estranhos,
Punks, new-haves, have-metals, marcianos,
Cocotas, xuxetes, tchanetes, macacas, tietes
E outros bichos! Sinistro!
Que gritos!
Que dança de infernizados vampiros,
Do tipo de dar inveja
A qualquer reles Polanski!
Quando o Inferno Sonoro baixou
Houve delírio geral!
Dizem ser música
Mas ouvimos ruídos e lamentos
Entre os bruxulentos,
Dráculas e carrascos...
E você, num negro tão negro como o mais dark dos dias!
Que terapia!
Que catarse hard!
No teto morcegos presos em redes!
Quem pensara alçar peixes
Só pescou mamíferos voadores.
Sobre a mesa oval-sestavada
Tremelicava, alucinada,
Uma incomum gelatina de ossos,
Canapés de sangue “aux fines-herbes”,
Vinho com gosto de sangue-de-diabo,
Espetinhos de carne capeta,
Pão que o diabo amassou!
Havia, é bem verdade,
Um pessoalzinho brega...
Mas penetra sempre pinta, né, mano?
Um tipo vim-invadir-sua-praia,
Uma andrógena galinácea enfeitada de ráfia,
Um eunuco fantasiado de punk-cake,
Um sheik de batom,
Uma bruxa com ares de santa,
Uma virgem com ares de puta,
Uma aladim patogênito,
Que não esfregou
(que azar!)
A lâmpada de latão para sumir com tudo
Porque
(azar! azar!)
Não se lembrou.
Sorte,
Sorte nossa;
Tivesse feito a mágica
Roubaria de todos a chance
De exorcizar a Freguezia
Do Ó
Do A
Do E
Do I
Do ÚÚÚ!
Búúú...Que medo sem medo!
Que festa, amigo!
Que preço não se paga pela solidão...
Feche o caixão.
Abra o portão.
Fuiii!
poema dos anos 80.