Nos tempos do Cruzado
Ah! maminha macia, tu sumiste
Dos açougues desta vida, sutilmente,
Repousas nos frigoríficos, silente,
A espera de bom preço, ai que chiste!
O meu churrasco agora tem alpiste
Tem arroz, feijão, e chuchu presentes,
A carne e a lingüiça são acidentes
E os molhos e temperos que já viste.
São poucos os que podem merecer-te,
Sou daqueles que o cruzado enganou!
Curto a mágoa e a trsteza de perder-te.
Rogo a Deus que a nós outros encantou
Que tão cêdo me leve, lá e cá, a ter-te
Quão cêdo de minha boca te levou.