O NASCIMENTO FELIZ
(HOMENAGEM A MEU FILHO – 1999)
Uma luz apareceu brilhante,
Era o sinal de uma vida vibrante.
Acolhida pelo sacrifício do ventre;
Numa vibração vertente
Dando esperança pra gente.
Assim nasceu nosso rebento.
E o Lucas veio pro mundo.
Depois de um sonho profundo.
Nas cercanias da décima quarta hora,
Numa sucedida cesariana,
Nasceu uma criança;
Cinqüenta centímetros de comprimento,
Três quilos e meio de massa humana,
Logo recolhida num berçário.
À mercê dos olhos atentos de um pai
Ante as vibrações quarentenárias.
Numa calmaria objetiva do momento,
Um rosto manchado daquele parto,
Com a contemplação das luzes,
E o reconhecimento das vozes,
E uma vontade inequívoca de crescer logo,
E experimentar o mundo exterior,
Numa primeira demonstração de felicidade
Pela existência da humanidade.
Nasceu um rebento prendado,
Pela luz Divina da vida,
Que relutou num fluxo de pensamentos,
Que revolucionou um organismo,
Que rebateu ofuscadas horas de temor,
Que volveu as compressões do útero;
Que veio ao mundo numa expressão cósmica,
E visou homenagear a vida.
Depois da gestação cheia de dúvida,
Aconteceu o nascimento da certeza,
Emanado por uma vida de saúde,
Denotando o comportamento de felicidade,
Ante um corpo com sintonia da alma de bebê,
Como uma forma de executar carinho,
Por ser um aconchego a mais em nosso ninho.
De um nascimento sofrido,
Saudou-se a vida,
Rendeu-se homenagens ao Criador,
Abençoando aos que não crêem,
Versejando aos que amam,
Festejando-se aos que vivem
Cumprimentando aos que persistem
Atendendo à vontade de Deus.
Lucas trouxe uma segunda luz,
Que brilhará na prole dupla,
Com a sintonia de um casal,
Que persistirá na vida,
Demonstrando novo caminho,
Ao longo de uma existência
Onde pairam os mistérios;
Guiados pela esperança.
E renovados pelo amor.