Conselho de Pai (de 10 filhos, 23 netos,(24, nasceu anttes de ontem a penúltima) 2 bisnetos)
Conselho de Pai
A um filho [a]
Que fizeste da vida?.... É perguntado,
À frações de segundos da partida,
Flui-te ante os olhos todo teu passado
E verás boquiaberto e estupefato;
O que fizeste tu de tua vida?
Diante da viajem só de ida
Onde não te é dado arrepender-se,
Sentirá em teu peito a dor sofrida
De ver quanta coisa boa foi perdida
Pelo simples “pensar-se e não dizer-se”.
Não haverá então como fazer-se
Correções as palavras que dissestes
E o que não dissestes irá perder-se
Porque a morte não irá deter-se
E esperar que consertes o que fizestes.
Nos simples atos e coisas que não destes,
Por não fazer aquilo que devias,
Nem repartir o muito que tiveste,
E dos saberes que avaro retivestes
E das palavras vãs e aleivosias.
Das omissões que a gosto cometias,
De todo mal que viste e ocultastes,
E das mentiras fúteis que dizias,
Dos conselhos que tinhas e reprimias
E dos exemplos maus que tu passastes.
Das lágrimas que devias e não chorastes,
Do bem que tu podias e não fizestes,
Do apoio que por medo tu negastes
Da força que tu tinhas e não usastes,
Do amor que te pediram, mas não destes.
Baseado em tais fatos incontestes
Será tua conta feita e conferida,
Foge dos males, filho [a], qual das pestes,
Faz sempre o bem, é Ele que em tais testes
Responderá por te e tua vida.