Raízes feitas de silêncio

No vazio da casa, ecos de vozes antigas,

risos guardados nas paredes frias.

Os laços que nos uniram se desgastam,

mas o sangue ainda corre, invisível,

ligando nossas ausências.

Há fotografias empoeiradas,

sorrisos congelados em um tempo distante,

um passado que se agarra às molduras,

como se pedisse para ser lembrado.

Mas o presente nos escapa,

nas entrelinhas dos gestos esquecidos.

O tempo nos afastou sem aviso,

entre jantares silenciosos e olhares desviados.

A mesa que antes nos juntava

agora se encolhe em saudade,

cadeiras vazias esperando por conversas não partilhadas.

Cada prato é um símbolo de memórias,

uma promessa quebrada,

um desejo de reencontro que nunca se realiza.

Nas paredes, as sombras dançam,

como se a casa soubesse dos segredos

que nós fingimos não existirem.

Lembranças são fantasmas,

passeiam pelos corredores da mente,

entrelaçando o que fomos e o que deixamos de ser.

E mesmo assim, entre os cacos,

a família ainda é espelho,

quebrado, mas refletindo

algo que insistimos em reconhecer.

Mesmo nos fragmentos de dor,

há um fio de esperança entrelaçado,

uma força invisível que nos empurra,

tentando unir o que o tempo desfez.

E ali, no silêncio compartilhado,

somos ainda família,

mesmo que as palavras nos faltem.

Texto produzido pela INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)

Textos da Inteligência Artificial
Enviado por Textos da Inteligência Artificial em 16/10/2024
Reeditado em 17/10/2024
Código do texto: T8174573
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