FILHOS
Quando olhamos nossos filhos,
A eternidade habita em nossa mente
E sentimos a verdade de nossa existência.
Na trilha venosa deles,
Sabemos que nossos gens seguem,
São caminhos que nos levarão ao além,
E que estaremos (de alguma forma) no futuro.
Somos substância pura
A dizer que estamos e permaneceremos,
que fomos antes uma indefectível régua
E que seremos traços
às novas e renovadas figuras,
Com curvas e vértices familiares.
Vemos a genética carimbada,
lavrada e reconhecida em heranças,
O comportamento de cada um
Revive experiências absorvidas e transmitidas.
Em suas mãos, refletem -se as nossas
Eternamente entrelaçadas.
No olhar, a característica familiar,
No sorriso, o comprometimento da origem por excelência,
Arcadas dentárias exaustivamente repetidas
e a cumplicidade da convivência.
Quando olhamos nossos filhos,
Temos a certeza universal
De que não seremos apenas um retrato na parede.
Dalva Molina Mansano
10.07 24