Meu filho e o bercinho
Meu filho e o bercinho
No silêncio da noite, no abrigo do lar,
Um bercinho ao lado, a lembrança a pulsar,
Do primogênito amado, que sempre ficou,
Ao lado da cama, o sono embalou.
Nos dias mais quentes, ele ali repousava,
No chão, seu refúgio, seu peito acalmava,
Do berço ao tapete, a jornada seguia,
Até a véspera do casamento, ele ali dormia.
Os anos passaram, crianças cresceram,
Hoje, são pais, novas histórias teceram,
Mas a memória resiste, não perde a cor,
Do bercinho no chão, um símbolo de amor.
A saudade aperta, o coração se enche,
Das noites em que o pequeno, ao lado, dormia contente,
E mesmo agora, com filhos na faculdade,
O amor pelo filho transcende a saudade.
O primogênito querido, sempre tão presente,
No bercinho invisível, no coração da gente,
A lembrança aquece, o tempo não apaga,
A história de amor que a vida embala.
E assim seguimos, com o peito saudoso,
Revivendo momentos de um tempo precioso,
O bercinho no chão, a memória guardada,
Do filho amado, a eterna jornada.
Zezé Libardi