Meu filho e o bercinho

Meu filho e o bercinho

No silêncio da noite, no abrigo do lar,

Um bercinho ao lado, a lembrança a pulsar,

Do primogênito amado, que sempre ficou,

Ao lado da cama, o sono embalou.

Nos dias mais quentes, ele ali repousava,

No chão, seu refúgio, seu peito acalmava,

Do berço ao tapete, a jornada seguia,

Até a véspera do casamento, ele ali dormia.

Os anos passaram, crianças cresceram,

Hoje, são pais, novas histórias teceram,

Mas a memória resiste, não perde a cor,

Do bercinho no chão, um símbolo de amor.

A saudade aperta, o coração se enche,

Das noites em que o pequeno, ao lado, dormia contente,

E mesmo agora, com filhos na faculdade,

O amor pelo filho transcende a saudade.

O primogênito querido, sempre tão presente,

No bercinho invisível, no coração da gente,

A lembrança aquece, o tempo não apaga,

A história de amor que a vida embala.

E assim seguimos, com o peito saudoso,

Revivendo momentos de um tempo precioso,

O bercinho no chão, a memória guardada,

Do filho amado, a eterna jornada.

Zezé Libardi

Zezé Libardi
Enviado por Zezé Libardi em 25/05/2024
Código do texto: T8071497
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