HÁ FALTA DE AMOR
Hoje vou falar de família.
O que é família?
Vou reformular a pergunta bifurcando-a,
para que a resposta seja mais concisa.
O que é família nos dias de hoje
e nos dias de ontem?
Antigamente a família era mais coesa.
Eram todos por um e um por todos.
Dores e alegrias eram partilhadas e sentidas.
A família era uma mesa redonda
e um livro aberto.
Havia confiança, união, cumplicidade,
abertura, mimo, boa vontade.
Havia amor.
Hoje a família é o oposto de ontem.
Não há o todos por um e um por todos.
Não há união, não há confiança,
há falta de interesse, há individualismo,
não há empatia, há egoísmo.
Há falta de amor.
O termo cabal para a família contemporânea,
é transformação.
Ou será ruptura?
De certo modo o conceito família
acompanha a evolução da cibernética.
Pessoas frias, desumanizadas,
equiparadas ás máquinas.
Quando precisamos que a maquinaria funcione,
aplicamos uma força motriz
porque elas não têm iniciativa.
As máquinas não pensam
logo não têm compaixão,
emoções e sentimentos.
As máquinas não têm humanidade,
tal como a família padrão contemporânea.
A família não se transformou da noite para o dia,
ela vem-se transformando ao longo do tempo
e hoje já se notam bem as diferenças.
A fragilidade dos laços de sangue é notória
em detrimento dos laços afetivos;
a família do coração.
Como alguém disse,
“Família é quem nos ama,
o resto são parentes.”
A perspectiva é que o processo continue,
portanto os mais saudosistas
vão ter que se habituar á mudança.
Claro que esta é uma visão geral
da imagem panorâmica da família de hoje.
Graças a Deus
que ainda deverá haver família á moda antiga
porque não há regra sem exceção!
©️Maria D. Reis
19/11/23
Portugal